Os momentos valiosos de diálogo entre pais e filhos levam à boa formação emocional. No entanto, a correria do dia a dia e o uso excessivo do celular levam à negligência em muitas famílias. É o caso da sua?
Saiba que um canal aberto para a comunicação não surge de uma hora para outra. Ele deve ser construído constantemente e, quanto mais cedo for separado um tempinho diário para ficar junto, melhor.
Por isso, crie situações em que o diálogo entre pais e filhos possa fluir sem pressa. Procure almoçar em família, buscar na escola de vez em quando, trocar o celular pelas brincadeiras… São coisas que fazem diferença!
Há esperança, inclusive, para as famílias que, por algum motivo, possuem membros que estão afastados. A seguir, veja alguns bons motivos para que você invista nos momentos que inspiram segurança e acolhimento.
1. Conhecimento sobre a pessoa que está ao lado
As conversas fazem com que um saiba o que importa para o outro, do que gosta, do que tem medo e quais são as opiniões sobre diversos assuntos. Isso abre espaço para que surjam as afinidades e as histórias construídas juntos.
Além disso, conhecer o seu filho durante a infância é fundamental para manter ou mesmo estreitar os laços de convivência quando chegar a adolescência.
2. Troca de experiências
Compartilhe as suas experiências de vida, inclusive, os erros que você cometeu no passado ou recentemente. Assumir esses enganos é algo que te humaniza e te aproxima da criança.
Mostre que nem tudo na vida é “um tudo ou nada” que não dá para contornar. A empatia abre espaço para que a criança retribua a sua honestidade e se sinta confortável em dividir as próprias experiências com você.
3. Desenvolvimento do bebê
Durante a infância, os pais são, de longe, a maior referência de proteção e aprendizado que uma pessoa tem.
Mesmo que o bebê não entenda o significado das palavras, ele já consegue perceber os tons de voz. Conversar com o bebê ajuda no desenvolvimento da atenção e da pronúncia das palavras.
4. Tolerância sobre as frustrações da vida
O diálogo entre pais e filhos ajuda, inclusive, nos relacionamentos com as pessoas de fora de casa. Ele permite que a criança passe a ter mais facilidade para assumir os próprios erros e lidar com as frustrações.
Essa é uma excelente forma de descobrir a razão dos problemas e de preveni-los. Isso inclui notas baixas, bullying, conflitos e decepções de modo geral.
5. Respeito aos diferentes pontos de vista
Lembre-se de que são os pontos de vista diferentes que enriquecem o diálogo! Durante os conflitos, é importante saber se colocar na posição do outro e entender a sua forma de ver as coisas.
Respeite o ponto de vista da criança, mesmo naquelas vezes em que o seu objetivo é fazer com que ela entenda onde errou.
6. Soluções conjuntas
No diálogo entre pais e filhos, é importante ter clareza. Em outras palavras, evite as falas abstratas ou que possam ter interpretação ambígua.
Em vez disso, mostre como o assunto que vocês estão falando pode ser aplicado na prática. Procure conduzir a conversa de modo que, ao final, fique a sensação de que a solução foi alcançada em conjunto.
7. Sem julgamentos
A criança precisa ver nos pais uma fonte de ajuda, e não de julgamentos ou acusações. Na verdade, é preciso ter compreensão e confiança em qualquer relação saudável.
Portanto, procure não se antecipar para dar uma opinião ou fazer uma crítica. Apenas tome o cuidado de que a comunicação positiva não se transforme em “passar a mão na cabeça”.
8. Respeito ao espaço individual
A pré-adolescência e a adolescência são fases de novos convívios e descobertas. Com isso, as conversas com os amigos e pessoas de outros grupos passam a ter mais espaço.
É comum que haja determinados assuntos que o adolescente não queira dividir com você. Respeite esse limite.
9. Serenidade durante os conflitos
Conforme os filhos crescem, muitos acabam deixando de lado as obrigações de casa e da escola. Quando um problema acontecer, converse sobre o ocorrido de forma serena. As brigas ou gritos desnecessários só afastam.
Mostre que, para cada engano, há uma possibilidade de acerto no futuro. Ao buscar a solução dos conflitos, deixe claro o seu perdão e não traga à tona mágoas do passado.
10. Interesse e atenção
A busca pela identidade e pela independência deve ser vista com paciência e persistência. Não deixe que a falta de interesse transforme o diálogo entre pais e filhos em um monólogo.
Mesmo que o adolescente pareça distante, saiba que ainda ouve a família. Portanto, continue demonstrando a sua atenção e faça com que ele também sinta que sempre será ouvido.
Literatura pode ser ponto de partida para diálogo entre pais e filhos
A família é o maior porto seguro que temos diante das dificuldades e alegrias da vida. Claro, uma reaproximação pode ser trabalhosa, mas pode ter a certeza de que ela valerá a pena!
Desde cedo, os livros podem ser ótimos veículos para o diálogo entre pais e filhos. Pensando nisso, um clube de assinatura de livros infantis pode ser uma boa opção.
Em pouco tempo, você já terá uma pequena biblioteca em casa. Assim, sempre que surgir a vontade de resgatar boas lembranças, será possível recorrer aos livros que vocês leram juntos ou aos que ainda são novidade.
Você também enxerga o valor do diálogo entre pais e filhos? Se sim, quero te convidar a conhecer o Clube Foca, pensado justamente na sua aproximação com a família.